O Globo
Apesar do pedido de urgência, governistas admitem que votação pode ficar para 2010
Cristiane Jungblut
BRASÍLIA. O PMDB e o PT comandarão a tropa de choque do governo no Congresso nas discussões dos projetos do novo modelo de exploração do pré-sal e ficarão com a relatoria. Para os governistas, a estratégia de pedir urgência constitucional para a tramitação dos projetos na Câmara e no Senado tem o objetivo de tentar controlar o processo e evitar, ao máximo, alterações nos textos originais.
Apesar de o rito da urgência constitucional prever 90 dias para as votações, na prática esse prazo pode se estender, e os próprios governistas admitem que votações podem ficar para 2010. Além disso, em outras ocasiões, o governo retirou o pedido de urgência por falta de consenso político. A oposição criticou a decisão de acelerar o debate e avisou que vai reagir.
O PMDB está usando seu peso de maior partido da Casa para ficar com a relatoria do projeto que trata do sistema de partilha no novo modelo. O líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), deve assumir a função de relator do projeto. O acordo com o PT foi feito ontem à noite.
Já o PT deve ficar com a relatoria do projeto que cria o Fundo Social. Ontem, o líder do PT na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (SP), citou o nome de Antonio Palocci (PT-SP) para assumir uma das relatorias, o que seria um pedido do presidente Lula. O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) avisou que gostaria de ser indicado para relator de uma das propostas.
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