O Globo
Dilma Rousseff diz que nova estatal vai gerenciar contratos de partilha
Mônica Tavares
BRASÍLIA. A Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural S.A. (Petro-Sal), nome da nova estatal que será criada pelo governo, terá poder de veto nos comitês operacionais dos blocos do pré-sal. Isto significa que poderá opinar a qualquer momento sobre o desenvolvimento dos projetos ou sobre contratações de materiais e equipamentos, como a construção de plataformas. Caberá à Petro-Sal ser uma espécie de fiscal e "olheira" do governo, disse a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.
A empresa vai coordenar as atividades e administrar os recursos oriundos da exploração do petróleo na camada do pré-sal. Terá como tarefa a gestão dos contratos de partilha, mas não atuará como executora. A Petro-Sal terá no máximo 130 funcionários, disse o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Ele lembrou que a Petoro, estatal da Noruega na qual foi inspirada a brasileira, previa contar com 50 empregados e já tem 70. - Podem ser cem funcionários, 50, não mais de 120. Podem ser até 130 - afirmou Lobão. - Isso será definido quando da publicação do estatuto. Escritório central funcionará no Rio e a sede, em Brasília.
O presidente e os diretores da empresa ainda não foram escolhidos. Mas, segundo os ministros, eles não passarão por concurso e nem há necessidade de que sejam sabatinados e aprovados pelo Senado.
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