quarta-feira, 2 de setembro de 2009

O PRÉ-SAL JÁ SE CHAMOU “BIOCOMBUSTÍVEIS”. A CASCATA É A MESMA. E EU PROVO

Blog Reinaldo Azevedo

O post acabou ficando longo, mas vale por uma verdadeira iluminação da consciência e do debate. Transcrevo, abaixo, o verbete “Biocombustíveis”, do fantástico “Dicionário Lula” (Nova Fronteira), organizado pelo jornalista Ali Kamel. Seu subtítulo não poderia ser mais preciso: “Um presidente exposto por suas próprias palavras”. Ora, o que é essencialmente um dicionário?

É uma obra de referência. Já tive um amigo que lia dicionários a eito, palavra que a gente usava muito no interior: “carpir ou colher café a eito” — um pé após outro, em fileira. Esse meu amigo dizia que os dicionários eram a sua coleção de mini-romances, cada palavra com sua história. “Nenhuma imaginação é superior a isso”, afirmava. Bem, ele era uma adorável exceção. Um ótimo dicionário se revela quando você precisa dele.

Pensei cá com os meus botões: tudo o que Lula diz agora sobre o pré-sal, ele já disse sobre os biocombustíveis, tenho certeza. E lá fui eu para o “Dicionário Lula”, de Kamel. De fato, está tudo lá. E Isso demonstra que este livro é um verdadeiro documento, uma obra obrigatória. Até porque o autor vê Lula sem qualquer preconceito ou idéia preconcebida: é Lula por Lula. E Lula por Lula revela um modo de fazer política.

Lendo o dicionário, quem nos faz desconfiar do que diz o presidente sobre o pré-sal não é Kamel, mas o próprio presidente. E desconfiamos justamente em razão de tudo o que ele já afirmou sobre os biocombustíveis. O discurso é rigorosamente o mesmo. Só o elemento milagroso é outro.

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