O Estado de São Paulo
Alberto Tamer*
O modelo do pré-sal enviado pelo governo ao Congresso não cria o monopólio estatal do petróleo, como os discursos da festa no Planalto pretendem dizer. Na verdade, pouco muda nas regras atuais, a não ser a introdução de contratos de partilha, sem alterar o existente, de concessão. Ficam ambos, o que não é nenhuma grande novidade ou "revolução nacionalista".
Como já dissemos, o modelo é até equilibrado, o discurso de Lula é que não. Ele não afasta as empresas privadas, principalmente estrangeiras, só limita sua participação e administração na exploração do pré-sal. O presidente e a ministra Dilma Rousseff sabem disso, só não disseram. Querem levantar de novo a bandeira esfarrapada de "o petróleo é nosso", quando nunca ninguém duvidou disso, muito menos o governo.
Lula ataca a oposição condenando injustamente o ex-presidente Fernando Henrique, que, para bem do País e da proporia Petrobrás, abriu o capital da empresa, sem o qual ela não teria recursos para elevar a produção e investir no pré-sal.
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