O Globo
Em 2008, empresa distribuiu R$ 217 milhões a cotistas dessas aplicações
Felipe Frisch, Juliana Rangel, Patrícia Duarte, Luiza Damé e Gustavo Paul
RIO e BRASÍLIA. A capitalização da Petrobras para exploração do petróleo na camada pré-sal pode ter impacto significativo nos dividendos (parcela do lucro distribuída aos acionistas) pagos a quem comprou ações da empresa usando parte do Fundo de Garantia. E o valor não é desprezível. Somente no ano passado, a estatal pagou R$ 217milhões em dividendos a estes investidores. Em dezembro, eles respondiam por 2,1% da base acionária da estatal, que distribuiu, no total, R$ 10,213 bilhões em dividendos a todos seus acionistas.
Para o investidor em FGTSPetrobras, manter a atual participação acionária na empresa pode custar até 83,86% do valor que tem aplicado direta ou indiretamente em papéis da companhia, segundo cálculos feitos pelo professor de Finanças Gilberto Braga, do Ibmec-RJ.
Considerando um aporte de capital do governo de US$ 50 bilhões - valor que tem sido mencionado e que, especula-se, seria referente aos 40% que União e BNDESPar têm da Petrobras - a capitalização total da empresa seria de US$ 125 bilhões, ou R$ 233 bilhões. Neste caso, quem tiver R$ 50 mil num fundo de ações da estatal precisará comprar R$ 41.931 em novos papéis, para manter a mesma participação na companhia e a fatia de dividendos que recebe atualmente.
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