Na última segunda-feira, Luiz Inácio Lula da Silva usou uma cerimônia que deveria ser serena, ainda que festiva, para exercitar seu velho espírito bravateiro. A ocasião era destinada a apresentar ao país o novo marco regulatório que regerá a exploração do petróleo do pré-sal, mas o petista preferiu ocupar a maior parte do tempo para atacar o presidente Fernando Henrique Cardoso e o governo tucano. Foi mais um ato da campanha do PT. Não merece ficar sem resposta.
Lula disse que o governo passado pretendeu “desmantelar” a Petrobras e subordinou os interesses do país à vontade do exterior. Teriam sido “tempos de pensamento subalterno”, no dizer do atual presidente da República. Nada disso resiste ao menor sopro da realidade.
Com seu extemporâneo discurso nacionalista, Lula e o PT pretendem transformar o debate do pré-sal num Fla-Flu eleitoral. Às favas os interesses da nação. A oposição não deve temer a discussão, desde que, obviamente, não aceite travá-la na seara embusteira para onde o governismo pretende carregá-la. O que interessa é construir um futuro mais promissor, num debate franco, aberto e democrático, algo que nem de longe passa pelos planos do petismo.
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