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É pouco verossímil que Lina Vieira, ex-secretária da Receita Federal, não saiba o dia exato em que diz ter estado com a ministra Dilma Rousseff no Palácio do Planalto - e ouvido dela o pedido para que "agilizasse" as investigações sobre os negócios do empresário Fernando Sarney, filho do senador José Sarney.
Do mesmo modo é pouco verossímil que a ida de Lina ao palácio para uma reunião com Dilma não tenha deixado rastros nem nas dezenas de câmeras de segurança do local, nem no registro da entrada e saída de autoridades e de carros que as transportam.
Lina jamais ocuparia o cargo de Secretaria da Receita Federal se não fosse uma pessoa da absoluta confiança do governo. A identificação dela com o PT jamais foi posta em dúvida. O fato do marido dela ter sido durante um ano ministro interino do governo FHC não enfraqueceu o DNA petista de Lina.
Se a ex-chefe de gabinete dela foi capaz de lembrar que Erenice Guerra, secretária-executiva da Casa Civil, esteve no prédio da Receita Federal, e que Lina lhe disse em seguida que iria ao palácio para uma reunião com Dilma, é improvável que não tenha ficado na Receita registro sobre a data do encontro no palácio.
E por que Lina sonega a data?
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