segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Chuva e solo são argumento da Petrobras para custo inflado de Abreu e Lima

Na véspera de prestar mais um depoimento à CPI da Petrobras, a estatal divulga um informativo onde acusa o Tribunal de Contas da União (TCU) de utilizar parâmetros equivocados para avaliar o custo de construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Nesta terça-feira (25) dois gerentes da Petrobras vão falar na CPI sobre as obras da refinaria em que o TCU identificou “jogo de planilhas” de custos e superfaturamento superior a R$ 94 milhões.

A Petrobras, numa tentativa de explicar a mudança de planilhas, alega que a culpa é do solo da região. De acordo com a estatal, parte dele é expansivo, com grande variação de volume e mobilidade, e por isso seria mais difícil de ser trabalhado, mas o problema só teria sido percebido após o início da obra. Ainda segundo a empresa, a técnica adotada precisou ser revista e os preços subiram. Até variações climáticas, como chuvas, serviram de argumento para a Petrobras inflar a planilha de custos. As explicações da estatal constam do informativo “Petrobras Informa”, sob o título “Tipo de solo e chuvas são desafios para obras da refinaria de Pernambuco”.

A explicação de como foi realizado o novo cálculo de custo da Abreu e Lima ficará a cargo dos diretores Glauco Colepicolo Legatti, gerente geral de Implementação de Empreendimentos para a Refinaria Abreu e Lima, e Sérgio Santos Arantes, gerente de Engenharia de Custos e Estimativas de Prazos da Petrobras. Os depoimentos estão agendados para às 14 horas de terça-feira.