Minutos antes do início da sessão da CPI da Petrobras desta terça, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) acusou a direção da Petrobras de "sonegar" informações que, segundo ele, são importantes para esclarecer os indícios de irregularidades na construção da refinaria Abreu e Lima (PE). "Os documentos que a CPI recebeu, como as planilhas das obras, são insuficientes e não respondem ao volume de suspeitas", disse o senador tucano.
Os auditores do TCU reclamam, por sua vez, que tiveram acesso limitado às planilhas referentes aos custos da obra. Segundo eles, de um total de R$ 15,7 bilhões, a equipe do TCU teve acesso às planilhas de apenas R$ 3,9 bilhões do empreendimento.
O senador também reclamou do arquivamento de requerimentos que, se aprovados pela relatoria da CPI, permitiriam a ela ouvir ex-funcionários da estatal envolvidos nas irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas da União.
De acordo com o senador Antonio Carlos Júnior (DEM-BA), caso as informações pretadas pelos depoentes de hoje sejam inconsistentes, os senadores poderão fazer uma visita de cortesia ao TCU e lá obter mais informações junto aos auditores do órgão.
A CPI da Petrobras ouve hoje os depoimentos do gerente-geral de Implementação de Empreendimentos para a Refinaria Abreu Lima, Glauco Colepicolo Legatti, e o gerente de Engenharia de Custos e Estimativas de Prazos da Petrobras, Sérgio Santos Arantes.
Auditores do Tribunal de Contas da União (TCU) apontaram indícios de sobrepreços e superfaturamentos na construção da refinaria que chegam a R$ 234 milhões.
A sessão deve começar em instantes.