Folha de São Paulo
Então secretária da Receita teria ido à sede do Executivo no dia 9 de outubro
Numa tentativa de blindar o general Jorge Felix, Jucá diz que gravações do sistema de monitoramento só ficam disponíveis por 30 dias
ANDREZA MATAIS
SIMONE IGLESIAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA Aumentou o número de inconsistências na versão do Planalto sobre seu circuito interno de segurança e dados sobre os visitantes que entram e saem do edifício. Ontem, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), foi ao plenário da Casa para relatar quantas vezes a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira esteve na sede do Poder Executivo.
Logo no início do embate entre Lina e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, a Folha enviou um requerimento pedindo dados sobre os visitantes ao Planalto. O Gabinete de Segurança Institucional se negou a fornecer, alegando "que a divulgação solicitada esbarra na necessidade de ser preservado o direito de privacidade".
No último dia 21, o GSI informou por meio de nota oficial que só mantinha as imagens gravadas das pessoas que circulavam no Planalto por cerca de 30 dias. Acrescentou que não eram anotados os nomes de autoridades de alto escalão.
No início desta semana surgiu outra contradição. A Folha requereu do GSI a checagem de uma passagem de Lina pelo Planalto em outubro do ano passado. Em teoria, por ser uma autoridade de alto escalão, Lina não teria seu nome anotado nas planilhas de entrada do edifício, mas o GSI enviou ao jornal uma confirmação de que a então secretária do fisco esteve no Planalto em 9 de outubro com "destino à Casa Civil".
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