A crise na Receita Federal é apenas mais um capítulo do ataque reiterado às instituições de Estado perpetrado pela gestão Lula. Para o PT, Estado e governo se confundem, são uma coisa só: servem apenas para dar emprego à companheirada. O petismo não aceita que um permaneça e o outro tenha que ser renovado a cada quatro anos.
A grotesca novela no Fisco não começa em 9 de julho, quando foi anunciada a demissão de Lina Vieira. Inicia-se 11 meses antes, quando ela ascendeu ao cargo de secretária da Receita Federal. Tanto um quanto outro episódio são faces da mesma moeda: o desapreço do PT por princípios de impessoalidade e equidade no trato da coisa pública.
Lina e os seus subiram pelos claros laços com o sindicalismo fiscal, atributos que os levaram a ser escolhidos pelo ministro da Fazenda. Caíram por terem ultrapassado o limite dos interesses políticos de Lula. A caça aos “tubarões brancos” – como ela alcunhou os grandes contribuintes tão logo esvaziou suas gavetas no 4º andar do prédio do Ministério da Fazenda – incomodou o poder petista, para quem a Receita deveria ser apenas um braço – mais um – de ação político-partidária na estrutura estatal.
Pauta em Ponto