Correio Braziliense
Peemedebistas estão dispostos a cerrar fileira em defesa da ministra da Casa Civil. Querem retribuição no Conselho de Ética
Denise Rothenburg
Uma mão lava a outra. O ditado popular é a base do acordo que o PMDB oferece ao PT para manter a blindagem em favor de Dilma Rousseff hoje na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, durante o depoimento de Lina Vieira, ex-secretária da Receita Federal. Lina promete detalhar aos senadores como foi o encontro em que a ministra da Casa Civil teria lhe pedido para que terminasse logo as investigações sobre os negócios de Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
Dilma nega que tenha recebido a secretária para tratar desse assunto. O PMDB estará a postos hoje para ajudar a fortalecer a posição da ministra. Isso, é claro, se sentir que o PT lhe dará lastro no Conselho de Ética da Casa, na reunião prevista para amanhã. Os petistas farão uma reunião hoje às 13h para discutir o comportamento no conselho. O líder Aloizio Mercadante (PT-SP) manteve ontem a posição inicial da bancada em favor do afastamento temporário do presidente do Senado e defesa das apurações, só que, no Conselho de Ética, ele tem dito que cada integrante do partido votará de acordo com a “consciência”.
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