O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) disse na abertura da sessão de hoje da CPI que cogita entrar com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) a fim de garantir o direito da minoria de investigar irregularidades na Petrobras.
"Não estamos tendo esse direito. O modelo que temos aqui é o do abafa, do esmagamento da minoria, é o modelo que apenas convalida o que a maioria deseja", lamentou o senador.
Para o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) não é razoável que as solicitações de documentos sejam rejeitadas sem a devida discussão.
"É preciso analisar os pedidos de informação caso por caso, ação por ação. Mas se as informações que precisamos não chegam a CPI perde seu caráter de investigação. Precisamos de um termo de ajuste de conduta com o presidente e o relator da CPI para que se garanta a investigação. Queremos esclarecer e não conturbar a Petrobras e afetar sua posição nos mercados", disse Guerra.
Como prova da necessidade de se investigar a estatal, o senador tucano citou a refinaria Abreu e Lima em construção em Pernanmbuco. "Sabemos que o valor da obra era de US$ 4 bilhões e depois passou para US$ 12 bi. Agora a PDVSA, sócia no projeto, já reclama que a obra está em US$ 13 bi. Será que isso não é motivo de questionamentos?" perguntou Guerra.
A CPI começou a ouvir instantes atrás o gerente-executivo de Comunicação Institucional, Wilson Santarosa, um dos três depoentes desta terça.