Senadores da CPI que apura irregularidades na Petrobras vão ouvir na próxima semana o procurador da República Carlos Alberto Aguiar e o delegado da Polícia Federal (PF), Claudio Nogueira.
Ambos investigam fraudes em licitações e convênios com ONG´s e empresas fantasmas que envolvem a estatal apuradas no âmbito da Operação Águas Profundas, da PF. Além deles comparecerá à sessão marcada para a terça-feira (29) o gerente-executivo de Logística da diretoria de Exploração e Produção da Petrobras, Erardo Gomes Barbosa Filho.
A operação Águas Profundas desarticulou, em 2007, um esquema que beneficiou empresas doadoras de dinheiro à candidatos do PT que concorreram nas eleições de 2006. Como a Iesa Óleo e Gás que contribuiu com R$ 1,5 milhão para campanhas petistas.
Segundo apontou na época o procurador Carlos Alberto Aguiar, funcionários da estatal repassavam informações sobre licitações para a Angraporto Offshore, o que permitia a fraude nessas concorrências favorecendo a Mauá Jurong e a Iesa em troca de automóveis e viagens ao exterior. O estaleiro Mauá Jurong destinou um total R$ 180 mil às campanhas de três deputados federais do PT pelo Estado do Rio.
Aguiar identificou a existência de ao menos três quadrilhas voltadas para os crimes de corrupção ativa e passiva, fraudes à licitação, falsidade documental e peculato.