sexta-feira, 25 de setembro de 2009

NYT: Novas descobertas de petróleo reacenderam os ânimos

Em artigo publicado nesta quinta-feira, o jornal The New York Times faz uma análise do cenário atual e futuro do mercado de petróleo. De acordo com o jornal, as grandes descobertas este ano, que aconteceram nos cinco continentes, reacenderam os ânimos da indústria. Isso apesar da queda nos preços do produto e das dificuldades geradas pela crise econômica mundial.

Mas no médio e longo prazo, o cenário que se desenha preocupa os executivos e países produtores. Eles preveem uma queda da oferta de óleo caso o preço atual se mantenha e não haja uma retomada substancial da economia. O que estimularia a demanda em todo o mundo.

Assinado pelo jornalista Jad Mouawad, o artigo credita as recentes descobertas aos pesados investimentos que foram feitos no início da década, quando o preço do produto subiu e novas tecnologias possibilitaram a exploração em grandes profundidades e permitiram vencer difíceis barreiras, como a exploração em rochas vulcânicas, antes um trabalho inimaginável.

Um exemplo de exploração em grandes profundidades é o pré-sal brasileiro que o atual governo avoca para si a descoberta quando ela só foi possível depois de muita pesquisa e investimentos que demandaram anos.

Jad Mouawad alerta que, no médio e longo prazo, o cenário é tão preocupante que até a Arábia Saudita, um dos maiores produtores de petróleo do mundo, não tem pretensões de aumentar a sua produção nos próximos anos. O aviso foi dado pelo ministro de Petróleo daquele País, Ali al-Naimi.

Como al-Naimi, executivos de grandes e pequenas empresas alertam que as despesas com a exploração do produto estão aumentando muito. Isso principalmente em decorrência da elevação dos custos das empresas. Segundo ele, não só os contratos com empresas de prestação de serviço subiram, como também aumentou o aluguel de equipamentos para exploração em águas profundas.

Para manter os níveis de exploração, a indústria diz que é preciso que o preço do barril fique acima de US$ 60. Vale lembrar que, no final do ano passado, o preço caiu para US$ 34 o barril. A aposta é na recuperação da economia. Caso ela não ocorra, apostam os analistas, o preço vai voltar a cair desestimulando a exploração.

Veja mais: The Oil Industry Is on a Roll This Year With New Discoveries - NYTimes.com