Além da militância de sempre, na casa de 3 mil, segundo os próprios organizadores da Federação Única dos Petroleiros (FUP), a tentativa de protesto contra a CPI da Petrobras não mobilizou ninguém. Serviu, apenas, para provocar um breve engarrafamento no trânsito da Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Os números são eloquentes e mostram que não há nenhuma participação da população. Os profissionais do protesto são os de sempre e, provavelmente, os que estavam nas tentativas ocorridas no Rio de Janeiro e de São Paulo. O número de manifestantes é o mesmo nos três eventos: 3 mil, repetem os organizadores.
São notórios o fracasso da mobilização, a falta de representatividade e o descaso dos trabalhadores sindicalizados em participar desse tipo de ato. Basta comparar alguns números das próprias entidades.
A FUP, segundo seu portal na internet, “representa atualmente mais de 150 mil trabalhadores, aposentados e pensionistas de empresas do setor petrolífero no Brasil. Congrega 12 sindicatos filiados”.
A CUT, a quem a FUP é filiada e parceira no petismo, dispensa comentários: “Presente em todos os ramos de atividade econômica do país, a CUT se consolida como a maior central sindical do Brasil, da América Latina e a 5ª maior do mundo, com 3.299 entidades filiadas, 7.116.278 trabalhadoras e trabalhadores associados e 21.092.160 trabalhadoras e trabalhadores na base”.
Dizem que participaram da manifestação representantes de outras organizações, como o MST e a UNE. Faz sentido. Esta última está acampada em Brasília, onde realiza o seu 51º Congresso. Patrocinado pela Petrobras.