domingo, 26 de julho de 2009

Em 2007, Geovane de Morais controlou R$ 31 milhões

O terceiro requerimento apresentado à secretaria da CPI da Petrobras pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR) pede a convocação do funcionário licenciado da estatal Geovane de Morais, bem como cópia integral do processo de sindicância interna, e seu relatório final, que resultou na recomendação de sua demissão por justa causa.

O requerimento do vice-líder do PSDB no Senado- e autor do documento que criou a CPI, tomou por base notícias divulgadas na mídia sobre duas empresas produtoras de vídeo que receberam R$ 4 bilhões da Petrobras em 2008, sem licitação, em projetos autorizados por Morais. O funcionário licenciado é ligado ao movimento sindical de químicos e petroleiros do estado da Bahia e era o gerente de Comunicação da Área de Abastecimento, com responsabilidade sobre o orçamento, em 2007, de R$ 31 milhões.

Superfaturamento de R$ 94 milhões

Indícios de superfaturamento na construção da Refinaria do Nordeste (Abreu e Lima), em Pernambuco, também são objeto de investigação pela CPI da Petrobras.

De acordo com o pedido encaminhado à secretaria da CPI, os negócios da Petrobras com plataformas e refinarias envolvem cifras bilionárias e vêm sendo alvo de denúncias de irregularidades por parte dos órgãos de controle, como o TCU. Em relatório aprovado no dia 8 de abril de 2008, o TCU estimou que o superfaturamento na construção da Refinaria Abreu e Lima tenha atingido R$ 94 milhões. A Refinaria está orçada em mais de R$ 10 bilhões.

R$ 190 milhões para 5 anos

Valdir Lima Carreiro e Laudezir Carvalho Azevedo, diretores da empresa Iesa Óleo e Gás, investigada na operação Águas Profundas, da Polícia Federal, devem prestar esclarecimentos à CPI da Petrobras. Ambos foram citados em requerimento encaminhado à secretaria da CPI.

Conforme o documento, a empresa Iesa- que é acusada de integrar esquema de fraudes em licitações da Petrobras, mantém um contrato milionário com a estatal, firmado após o surgimento das denúncias. A Iesa também ganhou a concorrência para a construção da plataforma P-63. Especializada em construção e reparo de plataformas, a empresa assinou em julho de 2008 um contrato de cinco anos no valor de R$ 190 milhões com a Petrobras, mesmo com seus diretores respondendo a processo criminal.

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