Agência Estado
Carol Pires
BRASÍLIA - A estratégia da oposição na CPI da Petrobras, durante as primeiras semanas de agosto, quando os senadores do Conselho de Ética estarão analisando uma possível abertura de processo contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), será pressionar a base governista para aprovar os requerimentos que pedem informações sobre a estatal no Ministério Público (MP) e no Tribunal de Contas da União (TCU). As convocações importantes ficariam para um segundo momento, quando a crise no Senado estiver arrefecendo.
De acordo com o senador Alvaro Dias (PR), vice-líder do PSDB e autor do requerimento de criação da CPI, o ideal será que pessoas importantes para a investigação, como os presidentes da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Haroldo Lima, sejam ouvidas em depoimento apenas depois que os senadores receberem e analisarem com atenção os documentos requeridos ao TCU e ao MP. Os senadores da oposição sabem que será difícil convocar Gabrielli e Lima uma segunda vez e, por isso, o acesso às informações pedidas será essencial, segundo eles, para que possam se cercar de argumentos durante a audiência da CPI em que serão ouvidos.