sexta-feira, 31 de julho de 2009

Mar de patrocínios

Folha de S. Paulo- Painel

VERA MAGALHÃES (interina) - painel@uol.com.br

Suspeito de comandar uma empresa fantasma ligada à família Sarney, o produtor Fábio Gomes já trabalhou em campanhas do hoje ministro Edison Lobão (Minas e Energia) e atuava em Brasília na captação de recursos de estatais para projetos culturais usando o nome do presidente do Senado como cartão de visita. Foi assim que o seu CBPC (Centro Brasileiro de Produção Cultural) obteve patrocínio para rodar "O Dono do Mar", adaptado do romance homônimo de José Sarney, apoiado por Eletrobrás (R$ 600 mil), Furnas (R$ 400 mil), BNDES (R$ 400 mil), Petrobras (R$ 300 mil) e Banco do Nordeste (R$ 250 mil). Na estreia, em São Paulo, "Fabão" comentou, sobre o sucesso com patrocínio: "O prestígio do Sarney ajudou".

Gourmet

No período em que obteve apoio de gigantes estatais para o filme, "Fabão" ainda conseguiu mais R$ 173 mil (R$ 59 mil da Petrobras) para editar exemplares de "Pecados da Gula", sobre a culinária maranhense.

Bolada

Neste mês, o Ministério da Cultura desarquivou um processo que prevê repasse, aprovado pela pasta, de R$ 4,5 milhões ao Instituto Mirante, dirigido por Fernando Sarney. O parecer dos técnicos constatou que o projeto de apoio a "espetáculos e oficinas maranhenses" estava superestimado em R$ 1 milhão.