O Estado de São Paulo
João Carlos de Luca: presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP); executivo defende a manutenção do sistema de concessão, que, para ele, é o mais eficiente para as empresas e para o País
Nicola Pamplona, RIO
Derrotadas na luta pela manutenção do modelo de concessões no setor de petróleo, as empresas privadas voltam agora as baterias contra o que chamam de "excessivo poder" do Estado no marco regulatório do pré-sal, apresentado ao Congresso na última terça-feira. "Esse modelo como está proposto limita a atratividade", afirma o presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), João Carlos de Luca, citando como principais entraves a exclusividade de operação da Petrobrás e o poder de veto à Petro-Sal nas decisões operacionais. Para o executivo, é preciso tempo para discutir as novas regras. "É um prazo muito muito apertado para a responsabilidade que é uma mudança do marco regulatório." De Luca falou ao Estado logo após reunião com a Petrobrás, na última sexta-feira, na qual apresentou seus pontos de vista sobre o marco regulatório.
Como foi a reunião?
Foi muito produtiva. Foi um avanço importante a Petrobrás ter convidado a indústria para dialogar, é fato importante no processo de construção do novo modelo. Não tínhamos tido oportunidade de conversar com a Petrobrás, que estava participando da comissão interministerial. A Petrobrás é a maior sócia do IBP e, num gesto muito elegante, liberou o IBP para fazer as discussões representando a indústria como um todo. Nós apresentamos nossa visão, os pontos que nós entendemos que deveriam ser aperfeiçoados.
Leia mais O Estado de São Paulo