A CPI da Petrobras vai ouvir na próxima terça (06) o engenheiro de Petróleo Sênior Ilton José Rosseto Filho. O nome dele foi indicado pelo gerente-executivo de Logística da Diretoria de Exploração e Produção da Petrobras, Erardo Gomes Barbosa Filho, cujo depoimento estava previsto para ocorrer no dia 29 passado.
Segundo o gerente, o engenheiro teria melhores condições de atender à CPI porque teve conhecimento das investigações da Polícia Federal (PF) na ocasião da operação Águas Profundas que desarticulou em 2007 quadrilhas acusadas de fraudar licitações para o conserto de plataformas em serviços avaliados em R$ 200 milhões.
O engenheiro chegou a comparecer à última sessão, transferida em razão da ausência do delegado que comandou a operação, Claudio Nogueira. Em ofício remetido à CPI, ele alegou razões médicas para ausentar-se.
Além de Rosseto Filho e Claudio Nogueira, a CPI pretende ouvir o procurador da República, Carlos Alberto Gomes de Aguiar. Ele apresentou as denúncias a partir das investigações feitas pela PF e foi quem qualificou o conluio entre empresas e funcionários da Petrobras de "quadrilha".
Através da entrega de propinas a funcionários da estatal, empresas que contribuíram para campanhas do PT nas eleições de 2006 obtinham dados estratégicos que permitiam a elas vencer as concorrências. Dentre elas estão a Iesa Óleo & Gás e o estaleiro Mauá Jurong. As empresas estão proibidas de participar de novas licitações