A CPI que apura irregularidades na Petrobras ouve amanhã (29) o procurador da República Carlos Alberto de Aguiar e o delegado da Polícia Federal (PF), Claudio Nogueira, responsável pela operação Águas Profundas que desarticulou esquema fraudulento de licitações que beneficiava empresas doadoras de dinheiro para campanhas de candidados do PT nas eleições de 2006.
Além dos dois depoentes, a CPI também ouvirá o gerente-executivo de Logística da diretoria de Exploração e Produção da estatal, Erardo Gomes Barbosa Filho.
O procurador Carlos Alberto é o mesmo que classificou de "quadrilhas" as empresas que atuavam em licitações para a construção de plataformas para a Petrobras. Uma delas, a Iesa Gás e óLeo que contribuiu com R$ 1,5 milhão para campanhas petistas.
Segundo apontou na época o procurador Carlos Alberto Aguiar, funcionários da estatal repassavam informações sobre licitações para a Angraporto Offshore, o que permitia a fraude nessas concorrências favorecendo a Mauá Jurong e a Iesa em troca de automóveis e viagens ao exterior. O estaleiro Mauá Jurong destinou um total R$ 180 mil às campanhas de três deputados federais do PT pelo Estado do Rio.
Aguiar identificou a existência de ao menos três quadrilhas voltadas para os crimes de corrupção ativa e passiva, fraudes à licitação, falsidade documental e peculato.