Senadores do PSDB fizeram duras críticas à Petrobras por ela ter permitido a assinatura de contratos bilionários no ano passado com a Iesa óleo & Gás, empresa apontada pela Operação Águas Profundas da Polícia Federal (PF) como uma das que participaram da máfia das fraudes em consertos de plataformas da estatal.
A Iesa participou de um consórcio que fechou um contrato de US$ 1,6 bilhão para a construção da P-63 em junho de 2008. Os senadores Alvaro Dias (PSDB-PR) e Sérgio Guerra (PSDB-PE) questionaram o gerente-executivo da diretoria de Exploração da Petrobras, Erardo Barbosa, os motivos que levaram a estatal a permitir que a Iesa participasse do consórcio.
"Vemos que a impunidade prevalece. Uma empresa quadrilheira que fraudou licitações, um ano depois assina novos contratos. Mas há antecedentes pois a Iesa fez doações exclusivas ao partido do governo nas eleições", acusou Alvaro Dias.
O senador Sergio Guerra afirmou que o caso "é de corrupção real na Petrobras". Ele considerou "gravíssima" a permanência da Iesa na carteira de fornecedores da estatal. "O processo toda está contaminado. Todos reconhecem que empresas fraudadoras continuam a trabalhar para a Petrobras", disse o senador.