A décima reunião da CPI que investiga irregularidades na Petrobras e que começa logo mais a partir das 14h30 prevê a participação, como depoentes, do procurador da República, Carlos Alberto de Aguiar, do delegado da Polícia Federal (PF), Claudio Nogueira e do engenheiro-sênior da Petrobras, Ilton José Rosseto Filho.
As perguntas dos senadores devem ser feitas hoje com base em documentos da Operação Águas Profundas, realizada pela PF em 2007 e que desarticulou quadrilhas que fraudavam licitações para o conserto de plataformas da Petrobras.
Ao longo das investigações, descobriu-se que empresas que haviam colaborado para campanhas do PT em 2006 estavam sendo beneficiadas com informações privilegiadas que possibilitavam a elas vencer as concorrências em contratos de aproximadamente R$ 200 milhões. Dentre as empresas mais citadas estavam a Iesa Óleo & Gás e o estaleiro Mauá Jurong.
Depois das denúncias, o estaleiro ficou impedido de participar de novas licitações.
A obtenção dos dados era feita mediante o pagamento de propinas, presentes, viagens e automóveis aos informantes que agiam dentro da Petrobras.
A Operação Águas Profundas foi conduzida pelo delegado Claudio Nogueira. Já o procurador Aguiar fez as denúncias à Justiça Federal. O engenheiro Ilton Rosseto Filho foi convocado para depor porque trabalhava no setor de plataformas no período da investigação.
O nome dele foi sugerido à CPI pelo gerente-executivo de Logística da Diretoria de Exploração da estatal, Erardo Gomes Barbosa Filho.