A CPI que investiga irregularidades na Petrobras vai ouvir pela segunda vez amanhã o gerente-executivo de Serviços da área de Exploração e Produção da Petrobras, Erardo Gomes Barbosa Filho.
Senadores da oposição criticam a área de Barbosa Filho por ela ter voltado a realizar contratos com empresas suspeitas de terem fraudado licitações para o conserto de plataformas da estatal.
O retorno do executivo foi solicitado pelo relator da comissão, senador Romero Jucá (PMDB-RR). A oposição acredita que o governo quer ganhar tempo e concluir o relatório 90 dias antes do prazo de encerramento da CPI, previsto para março de 2010.
Dentre as empresas apontadas como integrantes da quadrilha que fraudou a Petrobras está a Iesa Oleo & Gás. Apesar de ter sido investigada pela Polícia Federal como uma das beneficiadas pelo esquema, a Iesa participou de um consórcio que fechou um contrato de US$ 1,6 bilhão para a construção da P-63 em junho de 2008.
No último dia 6, os senadores Alvaro Dias (PSDB-PR) e Sérgio Guerra (PSDB-PE) questionaram o gerente-executivo Erardo Barbosa sobre os motivos que levaram a estatal a permitir que a Iesa participasse do consórcio. Segundo o gerente, uma auditoria interna da estatal analisava o caso ainda sem conclusão.
Os senadores voltarão a questionar Barbosa a respeito dos novos contratos feitos com as "empresas quadrilheiras", como as classificou o senador Alvaro Dias.