Senadores da oposição que anunciaram hoje que estão deixando a CPI da Petrobras qualificaram de "tratoramento sem precedentes" a articulação feita pelo governo Lula para impedir as investigações.
"O Governo se superou. Desde o primeiro momento o presidente da República liderou o processo de abafa. O escândalo é descomunal, o rombo na Petrobras é de dimensões catastróficas", afirmou o senador Alvaro Dias (PSDB-PR).
Segundo o parlamentar tucano, o governo Lula tentou desmoralizar a CPI. "É um precedente perigoso que pode ser utilizado também pelos próximos governantes. A operação para impedir de forma sistemática qualquer trabalho desmoraliza um instituto, empobrece o legislativo", disse o senador.
De acordo com o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), a oposição nunca quis "atrapalhar a vida da Petrobras". "Primeiro por se tratar da Petrobras. Segundo porque atrapalharíamos a vida de milhares de acionistas e terceiro porque a oposição não teria tamanho para defender-se no caso de publicamente nos acusarem de estar prejudicando seus negócios, negócios considerados brasileiros", disse o senador pernambucano.
Guerra citou o poder da Petrobras. "Vejam o tamnho da propaganda da Petrobras. Nos ultimos três meses enquanto estes três brasileiros aqui (referindo-se aos senadores da oposição) tentávamos investigar algo a companhia gastou verdadeiras fortunas com propaganda", comentou.