O controle que o governo exerce sobre a CPI que investiga irregularidades na Petrobras impede que envolvidos em esquemas fraudulentos sejam chamados para depor, avaliam os senadores da oposição.
Dentre eles estariam o ex-gerente de Comunicação da área de abastecimento da Petrobras, Geovane de Morais e de empresários e funcionários presos no âmbito da Operação Águas Profundas da Polícia Federal. A operação desarticulou esquema que fraudava licitações para o reparo de plataformas da estatal.
Os senadores do PSDB e dos Democratas que participam da CPI denunciam a falta de liberdade para investigar e a articulação, pelo governo, da antecipação do relatório final da CPI. A comissão tem prazo para funcionar até março de 2010 mas pode ser abreviada em dezembro, conforme informações extra-oficiais que circulam no Senado.
Na quarta-passada, uma reunião administrativa solicitada pelos tucanos foi cancelada sem justificativa pelo presidente da CPI, senador João Pedro (PT-AM). Segundo noticiou o portal Último Segundo, o esvaziamento aconteceu porque os senadores da base governista decidiram marcar presença em outra CPI, a das ONG´s.